Criador de um dos programas de humor mais importantes para a cena da comédia nacional, “Casseta & Planeta, Urgente!” (Tv Globo), no ar de 1992 a 2010, onde atuou e escreveu. La Peña é carioca da Vila da Penha, 64 anos, casado, três filhos, formado em engenharia pela UFRJ. Humorista de águas abertas e, o mais importante, botafoguense.
O mais recente (2023) é “Aventuras de um Pijamão”, parceria com o cartunista Adão Iturrusgarai. O romance de humor “Vai na bola, Glanderson” deu origem ao longa metragem “Correndo Atrás” que está em cartaz na Globoplay. Passou a circular no universo do humor stand up em 2018. Desde então vem participando de shows pelo Brasil ao lado da nova geração.
Em seu show, fala de política sem preconceito, batendo em todo mundo, expõe as contradições de ser o único preto em ambientes sofisticados, assim como traz a vivência de quem cresceu no subúrbio do Rio de Janeiro. Afinal, ele é dono do lema: “Diversidade acima de tudo, humor pra cima de todos”.
Antes de virar o conhecido “La Peña”, ele era Helio Couto Filho. Ele sempre acreditou no milenar ditado chinês (criado por ele mesmo): “Se a regra não te favorece, seja uma exceção!”. E não é que deu certo?!
Em seu último projeto, a palestra COMO A EDUCAÇÃO MUDOU MINHA VIDA, no TEDx Belo Horizonte (dezembro 2023), ele conta a luta como teve acesso a uma vaga em um colégio nobre do Rio de Janeiro. Tarefa essa que não seria nem um pouco fácil para um menino preto criado no subúrbio carioca da Vila da Penha. Sua mãe, porém, sempre quis lhe dar a melhor educação, tanto que foi alfabetizado pela própria. Com a sua ajuda, ele conseguiu alcançar essa meta. Também passou por situações (no mínimo marcantes) ao aprender sobre tópicos como a Abolição da Escravatura, em uma escola com predominância branca e de elite.
Mesmo passando por momentos como esse, Helio sempre foi grato por ter o privilégio de poder aprender e focar na sua própria educação.
Por isso nesse texto, ele conta como a educação lhe abriu portas e mudou a sua vida por completo.
O seu amor pelos livros foi além. Em 2021, a instituição Favelivro, do Rio de Janeiro, o convidou para batizar uma biblioteca comunitária no Complexo do Caju (aos cuidados da “Associação Filantrópica Arte Salva Vidas”). Helio entendeu a importância da ação e se fez presente, colaborando com as atividades. Em 2023, abriu uma segunda unidade no morro da Babilônia, também no Rio, visando ao incentivo à leitura para jovens e crianças de baixa renda.
A “Biblioteca Helio de La Peña” recebe doações de livros e abre as portas ao público de baixa renda, sempre com o intuito de formar leitores.
O acervo conta com livros de ficção e História, com foco na literatura brasileira. A educação foi o que possibilitou o Helio a conseguir uma vaga na UFRJ, que foi onde conheceu Marcelo Madureira e Beto Silva, trio que formaria a base do Casseta & Planeta. Então, abrir essas salas de leitura comunitárias é uma forma de devolver à comunidade as oportunidades que conseguiu através da educação.
Helio não apenas nomeia a Biblioteca, mas também participa das atividades e das iniciativas das bibliotecas. Famílias de grandes escritores como Nelson Rodrigues e Rubem Fonseca doaram livros para o acervo, além de outros amigos próximos ao Helio. A Rede Arabutã é uma equipe formado por professores, pedagogos e profissionais ligados à UERJ dá o apoio necessário para realizar as atividades da biblioteca.
O projeto recebeu apoio da Sociedade Hípica Brasileira e da Universidade Estácio o Grupo de Ensino 01. O projeto deu tão certo que uma outra unidade será aberta no Morro da Babilônia, no bairro do Leme, Rio de Janeiro.
E com muita dedicação e alegria, hoje a biblioteca tem 3 anos de idade. E, com certeza, é só o começo!
Por ser uma figura conhecida e com textos de altíssima qualidade, Helio é a escolha certa para apresentação de eventos, palestras e afins.
Com a sua grande influência não só no mundo artístico, mas também em pautas importantes da sociedade, ele tem capacidade em falar sobre diversos assuntos da atualidade.
Isso com profundidade e muito bom humor!